Ligação 11: Alferce à Via Algarviana (Monchique) - 11,50 km
Um trilho florestal com sobreiros, pinheiros, castanheiros e carvalhos espalhados pelas encostas. Pode subir até à Picota, o segundo ponto mais alto do Algarve.
Ligação 11: Alferce à Via Algarviana (Monchique) - 11,50 km
Localização
Algarve, concelho de Monchique
Acessos (de Carro)
Pela EN 125, seguir pela EN 266 até Monchique. Depois, apanhar a EN 267 até Alferce.
Ponto de Partida
Igreja Matriz de São Romão de Alferce
Ponto de Chegada
Tipo de Percurso
Derivação da GR13, linear, generalista
Localização
Algarve, concelho de Monchique
Acessos (de Carro)
Pela EN 125, seguir pela EN 266 até Monchique. Depois, apanhar a EN 267 até Alferce.
Ponto de Partida
Igreja Matriz de São Romão de Alferce
Ponto de Chegada
Tipo de Percurso
Derivação da GR13, linear, generalista
Grau De Dificuldade
III - Algo Difícil
Altitude Mínima
328 m (Alferce)
Altitude Máxima
744 m (Picota)
Disponibilidade De Água
No início e no final
Mercearias Locais
No início e no final
Extensão
11,50 km
Duração
5h00
Subida Acumulada
635 m
Descida Acumulada
513 m
Grau De Dificuldade
III - Algo Difícil
Altitude Mínima
328 m (Alferce)
Altitude Máxima
744 m (Picota)
Disponibilidade De Água
No início e no final
Mercearias Locais
No início e no final
Extensão
11,50 km
Duração
5h00
Subida Acumulada
635 m
Descida Acumulada
513 m
Descrição do itinerário

O percurso inicia-se junto à Igreja Matriz de São Romão, em Alferce, e segue para sul, juntamente com a PR8 MCQ – “Pelos Caminhos de Alferce” e a PR9 MCQ – “Entre o Vale e o Castelo”, ambas no sentido inverso ao recomendado. Atravessa toda a zona urbana da povoação até alcançar a Estrada Municipal (EM) 1073. No cruzamento desta estrada com a que se dirige para Monchique, o percurso vira à esquerda mantendo a rota para Sul e rapidamente fica rodeado de densos bosques de sobreiral, estevas, urzes e medronheiros.

Em breve, ao fim de uns escassos 400 m, o percurso vira à direita abandonando a EM 1073, subindo gradualmente para Alto de Baixo, um pequeno aglomerado de habitações rodeado de numerosas hortas que são cuidadas diariamente. No primeiro cruzamento a PR8 MCQ diverge, seguindo pela direita. A Ligação 11 acompanha a PR9 MCQ por mais cerca de 700 m. No cruzamento, estes percursos divergem: a PR9 MCQ vira no primeiro caminho de terra batida à esquerda e a Ligação 11 segue pelo caminho principal, também à esquerda.

Continuando a subir, a vegetação torna-se menos densa e, em breve, começa- se a observar o caos de blocos de sienitos que marcam a paisagem em redor. Após pouco mais de 2 km ao longo da estrada asfaltada, o percurso segue à esquerda por um caminho florestal até intercetar o Setor 10 da GR13 - Via Algarviana na Portela de Monchique. A paisagem é tipicamente florestal, com sobreiros, eucaliptos e alguns pinheiros espalhados pelas encostas da serra, entrecortados por espaços abertos de pastagens e antigas hortas. Também surgem alguns castanheiros e carvalhos inseridos nesta imensa área serrana.

Na base da Picota, os percursos divergem, o Setor 10 segue em frente em direção ao miradouro da Picota e a Ligação 11 vira à direita rumo à vila de Monchique. O miradouro da Picota é um marco inconfundível na paisagem, com a sua torre de vigia de incêndios florestais. Recomenda-se um pequeno desvio para visitar e contemplar a vista panorâmica a partir deste local.

De volta ao cruzamento de acesso ao miradouro da Picota, a Ligação 11 começa a descer para a vila de Monchique, ao longo de um caminho florestal ladeado de eucaliptos. O caminho entra, mais tarde, num belo campo de sobreiros, muitos deles imponentes e centenários, testemunhos vivos de um passado recente em que a floresta era toda ela preenchida por densos carvalhais. O caminho mantém-se neste belo cenário até chegar novamente a uma zona rural, com presença de pequenas hortas e pomares de fruta, entre os quais numerosos limoeiros.

Passa junto de algumas habitações e volta a encontrar o Setor 10 da GR13 – Via Algarviana por cerca de 100 m, até ao cruzamento perto de um estaleiro de construção civil. Aí, os dois percursos divergem para não mais se encontrar: o Setor 10 vira à esquerda e a Ligação 11 vira à direita, em direção à EN 267. Ao chegar à EN 267, vira à esquerda e segue durante 90 m ao longo da via, cruzando de seguida a estrada; vira à direita e começa uma entrada gradual em Monchique.

No cruzamento, segue pela direita intercetando a PR7 MCQ – Percurso das Hortas, no sentido recomendado, e volta a atravessar um vale rural com pequenas hortas, subindo por um antigo trilho empedrado. Cruza um bosque de sobreiral e chega à zona habitacional. Atravessa esta zona, descendo por um antigo caminho rural, o “Caminho do Ambrósio”, passa depois por mais um bosque de sobreiral e chega a um campo aberto onde se realiza o Mercado Mensal de Monchique. Neste local diverge da PR7 MCQ, que vira à direita, enquanto a Ligação 11 interceta a Ligação 10 da GR13 – Via Algarviana, no sentido oposto ao recomendado, e seguem juntas durante cerca de 300 m.

Deste ponto dá-se início à subida até ao centro de Monchique, atravessando o Jardim Municipal. No centro, aproveite para uma pequena descoberta urbana: vai encontrar lojas de artesanato e produtos locais, pastelarias com doçaria regional e restaurantes com a afamada gastronomia de Monchique. A Ligação 10 termina no central Largo dos Chorões e a Ligação 11 vira à esquerda, subindo até ao Posto de Turismo de Monchique. Não perca a vista do miradouro que aqui se encontra.

O que pode ver?

» PATRIMÓNIO HISTÓRICO, ARQUEOLÓGICO E RELIGIOSO

Alferce

  • Igreja Matriz de São Romão (Séc. XVI);
  • Pólo Museológico de Arte Sacra;
  • Caminhos medievais.

Monchique

  • Capela do Pé da Cruz;
  • Igreja da Misericórdia (Século XVI);
  • Igreja de São Sebastião;
  • Ermida do Senhor dos Passos;
  • Igreja Matriz de Monchique (Século XV/XVI) 
  • Capela do Santíssimo - Igreja Matriz de Monchique (Século XVII);
  • Vila com casario tradicional e casas senhoriais, com típicas chaminés de saia..
  • Núcleo Museológico de Arte Sacra.

Nota: para visitar o Núcleo de Arte Sacra precisa de fazer inscrição prévia na Junta de Freguesia de Monchique.

 

» NATUREZA

A Serra de Monchique, com cerca de 78 mil hectares, encontra-se inserida na Rede Natura 2000 (Sítio Monchique) por reunir um vasto conjunto de particularidades de interesse biológico. É um ecossistema mediterrânico com influência atlântica e uma região com intensa precipitação anual. A zona é extremamente rica do ponto de vista botânico e faunístico, albergando mais de 20 habitats naturais ou seminaturais, sendo 5 deles considerados prioritários para a conservação pela Diretiva Habitats (92/43/ CEE).

Estes acolhem igualmente numerosas espécies protegidas, como é o caso do lagarto-de-água (Lacerta schreiberi), que é um endemismo ibérico. Há mais de 400 espécies de flora, 100 de aves e dezenas de mamíferos.

A serra de Monchique é classificada também como Zona de Proteção Especial para Aves. Podemos encontrar espécies importantes como a águia-perdigueira (Aquila fasciata), a águia-cobreira (Circaetus gallicus) ou o bufo-real (Bubo bubo). Contudo, são os passeriformes quem mais se faz notar, quer pela abundância quer pela diversidade de espécies. Dos vários migradores e nidificantes, destaque para o rabirruivo-de-testa-branca (Phoenicurus phoenicurus), o papa-figos (Oriolus oriolus) ou a felosa-ibérica (Phylloscopus ibericus).

Das espécies residentes, destaque para os vários pica-paus, nomeadamente o pica-pau-grande-malhado (Dendrocopos major), o peto-real (Picus sharpei), a escrevedeira-de-garganta-preta (Emberiza cirlus) ou a cotovia-pequena (Lullula arborea). Nas zonas interface entre bosques, matagais e zonas agrícolas, ocorrem ainda várias felosas, das quais se destaca a felosa-do-mato (Sylvia undata), a cia (Emberiza cia) e, junto de velhas habitações, o melro-azul (Monticola solitarius) e o mocho-galego (Athene noctua). Os cantos abundantes que é possível escutar ao longo do percurso, especialmente nos densos bosques de sobreiral, são sobretudo de chapins, como o chapim-real (Parus major), o chapim-azul (Parus caeruleus) e o chapim- de-crista (Parus cristatus), mas também da trepadeira-azul (Sitta europaea), da trepadeira-comum (Certhya brachydactyla), do tentilhão (Fringilla colebs) ou da toutinegra-de-barrete-preto (Sylvia atricapilla), espécies comuns e que dão vida às florestas de Monchique.

Em termos de valores relevantes da flora, destaque para os densos bosques de sobreiral (Quercus suber), com presença de alguns exemplares de grande porte, e os pequenos bosques residuais de carvalho-português (Quercus faginea) e carvalho-de-Monchique (Quercus canariensis) em associação com um sub-coberto arbustivo rico em folhado (Viburnum tinus), medronheiro (Arbutus unedo) e urzes (Erica arborea e Erica lusitanica).

Também a rosa-albardeira (Paeonia broteroi), de beleza extrema, marca presença nalguns recantos mais escondidos e húmidos da encosta norte da Picota. Há ainda, embora em menor quantidade, castanheiro (Castanea sativa) integrado em formações vegetais com carvalhos caducifólios, individualmente ou em pequenos soutos.

Aproveite para visitar algumas árvores da Rota das Árvores Monumentais, que podem ser avistadas nesta Ligação, como é o caso do sobreiro da Maia, incluído neste roteiro devido ao seu porte, com um perímetro de tronco, à altura do peito, de cerca de 4,80 m (medição de 2009). Esta árvore sobreviveu ao incêndio de 2005. Em 2018, foi novamente atingida pelo incêndio que afetou a zona, perdendo cerca de 50% do seu porte. Conheça ainda a Araucária-de-Norfolk, classificada, situada no Parque Municipal, e que pode ser avistada de toda a vila devido ao grande porte (36,5 m de altura), constituindo um marco na paisagem e uma referência na memória local.

 

» LOCAIS DE DESCANSO E APOIO AO LONGO DO PERCURSO

Não existem cafés ou outros espaços comerciais ao longo deste itinerário, apenas no início e no final do percurso, pelo que se aconselha a que planeie bem o percurso, levando consigo comida e água suficiente, tendo em conta a distância, condições atmosféricas e grau de dificuldade.

» MULTIBANCO

  • Monchique.

 

LINHAS DE AUTOCARRO

  • Monchique
    Linha 19 - Alferce – Monchique
    Linha 94 - Monchique – Portimão
    Linha 92 - Marmelete – Monchique
  • Alferce
    Linha 19 - Alferce - Monchique

Mais informação: Vamus Algarve

Contactos Úteis
  • Associação Almargem: (+351) 289 412 959
  • Associação Turismo do Algarve: (+351) 289 800 403
  • Associação Vicentina: (+351) 282 680 120
  • Bombeiros Voluntários de Monchique: (+351) 282 910 000
  • Câmara Municipal de Monchique: (+351) 282 910 200
  • Centro de Saúde de Monchique: (+351) 282 910 100
  • GNR de Monchique: (+351) 282 912 629
  • Junta de Freguesia de Monchique: (+351) 282 912 871
  • Junta de Freguesia de Alferce: (+351) 282 912 126
  • Posto de Turismo de Monchique: (+351) 282 911 189
  • Serviço Municipal de Proteção Civil: (+351) 282 910 210 / 80
  • Em caso de emergência ligue 112
  • Se detetar um incêndio ligue 117
Ficheiros para download
Guia da Via Algarviana - Ligação 11
Track GPX: Ligação 11 - Alferce a Monchique
Track KML: Ligação 11 - Alferce a Monchique