Ligação 10: Via Algarviana (Monchique) a Alferce - 11,70 km
Este percurso recupera a viagem feita outrora pelas pessoas que se deslocavam entre Monchique e Alferce. Atravessa uma paisagem de socalcos, que permitiram o cultivo das encostas íngremes.
Ligação 10: Via Algarviana (Monchique) a Alferce - 11,70 km
Localização
Algarve, concelho de Monchique
Acessos (de Carro)
Pela EN 125, seguir pela EN 266 até Monchique
Ponto de Partida
Ponto de Chegada
Igreja Matriz de São Romão de Alferce
Tipo de Percurso
Derivação da GR13, linear, generalista
Localização
Algarve, concelho de Monchique
Acessos (de Carro)
Pela EN 125, seguir pela EN 266 até Monchique
Ponto de Partida
Ponto de Chegada
Igreja Matriz de São Romão de Alferce
Tipo de Percurso
Derivação da GR13, linear, generalista
Grau De Dificuldade
III - Algo Difícil
Altitude Mínima
149 m (Ribeira do Farelo - Figueira)
Altitude Máxima
453 m (Monchique)
Disponibilidade De Água
No início e no final
Mercearias Locais
No início e no final
Extensão
11,70 km
Duração
5h00
Subida Acumulada
496 m
Descida Acumulada
618 m
Grau De Dificuldade
III - Algo Difícil
Altitude Mínima
149 m (Ribeira do Farelo - Figueira)
Altitude Máxima
453 m (Monchique)
Disponibilidade De Água
No início e no final
Mercearias Locais
No início e no final
Extensão
11,70 km
Duração
5h00
Subida Acumulada
496 m
Descida Acumulada
618 m
Descrição do itinerário

Este percurso é uma redescoberta da viagem outrora empreendida pelas pessoas que se deslocavam entre a vila de Monchique e a aldeia de Alferce, num passado não muito distante, quando ainda não existia a estrada nacional que liga hoje estas duas povoações. A caminhada inicia-se no Largo dos Chorões e interceta a Ligação 11 da GR13 - Via Algarviana. Entra no Jardim Municipal, espaço tranquilo e bastante atrativo, com uma rica vegetação da qual se destacam várias magnólias (Magnolia grandiflora), camélias (Camelia sp.), ginjeiras (Prunus cerasus) e uma imponente araucária (Araucaria heterophylla), visível praticamente de toda a vila de Monchique.

Cruza o jardim e chega a uma zona descampada onde decorre o mercado mensal de Monchique. Neste local, esta Ligação segue em frente, divergindo da Ligação 11 (que vira à direita), e assim converge com a PR7 MCQ - Percurso das Hortas por cerca de 1,70 km. Atravessa esse largo e toma um caminho rural paralelo à ribeira que rapidamente penetra numa zona florestal rica em sobreiros (Quercus suber), alguns bastante antigos e de grande dimensão, rodeados por medronheiros (Arbutus unedo) e folhados (Viburnum tinus).

O percurso em breve chega a um pequeno bairro habitacional, no extremo oriental de Monchique. Aí, no primeiro cruzamento que surge, vira à direita e desce por uma estrada rural sempre a coberto de um denso bosque de sobreiral. Neste troço depara ainda com uma das várias magnólias existentes em Monchique, árvore de implantação histórica nesta vila e que está sinalizada com uma placa informativa.

No final deste caminho, o itinerário chega a novo cruzamento junto de um conjunto de habitações. Vira à esquerda e sobe ao longo de uns 300 m, por uma estrada secundária pavimentada, até encontrar outro cruzamento. Aqui a Ligação 10 vira à direita, divergindo da PR7 MCQ (que segue em frente).

Surge agora uma paisagem de socalcos, estruturas que o homem criou ao longo dos tempos para possibilitar a atividade agrícola. O percurso desenvolve- se por entre os socalcos, num caminho ladeado de muros de sienito que guarda uma surpresa: um arco em pedra, pertencente a um antigo aqueduto, provavelmente do séc. XVII, que transportava água de uma das inúmeras nascentes naturais desta zona para as casas e terrenos agrícolas.

O caminho decorre ao longo de vários quilómetros por entre hortejos e campos agrícolas, passando por algumas habitações rurais isoladas, e entra posteriormente num denso e extenso bosque de sobreiral, até à Portela do Estieiro. Neste sítio encontra-se um lagar de azeite ainda ativo, facilmente reconhecível pelos cheiros característicos.

Segue-se uma longa descida até à Ribeira de Monchique, com vislumbres de uma ampla e aberta paisagem serrana. O coberto vegetal é dominado por eucaliptal entrecortado por sobreirais e medronhais até chegar junto à ribeira, onde encontra uma rica galeria ripícola composta por freixos (Fraxinus angustifolia), amieiros (Alnus glutinosa) e salgueiros (Salix sp.). Junto à ribeira a Ligação interceta a PR8 MCQ - Pelos Caminhos de Alferce, acompanhando-a até terminar em Alferce.

O itinerário segue agora por uma estreita vereda frequentemente utilizada pelos proprietários florestais, sempre ao longo da ribeira e dos seus densos bosques ribeirinhos. Em breve será necessário cruzar este curso de água. A travessia é segura mas, se o nível da água estiver alto, terá de descalçar os sapatos e molhar os pés.

Depois, o percurso mantem-se paralelo à ribeira, passa junto de um pequeno núcleo habitacional à sua esquerda e chega à Estrada Nacional (EN) 267. Neste cruzamento vira à direita, seguindo durante uns escassos 30 m pela EN 267, cruza-a, vira à esquerda e sobe por um caminho florestal, rodeado de sobreiros e com alguns castanheiros (Castanea sativa) à mistura, para depois se tornar mais íngreme antes de alcançar as hortas e, por fim, a povoação de Alferce, onde termina o percurso. 

O que pode ver?

» PATRIMÓNIO HISTÓRICO, ARQUEOLÓGICO E RELIGIOSO

Monchique

  • Capela do Pé da Cruz;
  • Igreja da Misericórdia (Século XVI);
  • Igreja de São Sebastião;
  • Ermida do Senhor dos Passos;
  • Igreja Matriz de Monchique (Século XV/XVI) 
  • Capela do Santíssimo - Igreja Matriz de Monchique (Século XVII);
  • Vila com casario tradicional e casas senhoriais, com típicas chaminés de saia..
  • Núcleo Museológico de Arte Sacra.

Nota: para visitar o Núcleo de Arte Sacra precisa de fazer inscrição prévia na Junta de Freguesia de Monchique.

Alferce

  • Igreja Matriz de São Romão (Séc. XVI);
  • Pólo Museológico de Arte Sacra;
  • Caminhos medievais.

 

» NATUREZA

A serra de Monchique está inserida na Rede Natura 2000. Do ponto de vista morfológico, apresenta três unidades principais: Picota (773 m), na parte oriental; Fóia (902 m); e Picos (574m), na parte ocidental. O setor oriental e o setor ocidental estão separados por um vale de orientação nordeste-sudoeste, onde se localiza a vila de Monchique.

Litologicamente é constituída por uma grande variedade de rochas, mas a sua maior parte é formada pelo chamado Complexo Alcalino de Monchique, com origem há 72 milhões de anos. A rocha que mais se destaca em toda a paisagem é o sienito nefelínico, de cor cinzenta. Embora muito semelhante a um granito, distingue-se essencialmente pela presença de nefelina e pela ausência de quartzo.

A aldeia de Alferce fica no limite oriental do maciço de Monchique. A norte e sul está condicionada por vales tectónicos que facilitaram fenómenos de erosão hidrológica, resultando em vales profundos e bastantes encaixados, como é testemunho o vale da Ribeira de Monchique. A forte expressão geomorfológica, os vales bem demarcados, a abundância de linhas de água e nascentes naturais, a flora e fauna características e a diversidade geológica, com rochas de relativa raridade, conferem à Serra de Monchique marcas únicas e originais.

Todas estas características geológicas proporcionam um substrato para que grandes valores naturais se desenvolvam. Neste percurso, a vegetação é caracterizada por um coberto predominantemente florestal, intercalado por espécies exóticas, como o eucalipto (Eucalyptus sp.) e a acácia (Acacia sp.). Em termos de flora, destaque para algumas das espécies que se encontram no Jardim Municipal de Monchique, como a araucária centenária e classificada (um dos exemplares inseridos na Rota das Árvores Monumentais), assim como camélias, ginjeiras e magnólias.

Os densos bosques de sobreiral (Quercus suber), onde se misturam pequenos povoamentos e exemplares de castanheiros e pontualmente de carvalho-português (Quercus faginea) merecem destaque especial, a par das galerias ripícolas com salgueiros (Salix alba), freixos (Fraxinus angustifolia) e amieiros (Alnus glutinosa).

Já a vegetação arbustiva é composta, maioritariamente, por medronheiro, urze, tojo, rosmaninho, giesta e folhado e ainda estevais (Cistus ladanifer, Cistus populifolius, Cistus salvifolius). Salienta-se ainda a ocorrência de endemismos de Portugal Continental, como é o caso da Centaurea crocata, Adenocarpus anisochilus, Centaurea vicentina e da Euphorbia paniculata ssp. Monchiquensis.

A Serra de Monchique é também uma Zona de Proteção Especial para Aves. Destacam-se duas aves de rapina importantes: a águia-perdigueira (Aquila fasciata) e a águia-cobreira (Circaetus gallicus). Porém, os passeriformes têm a presença mais notória nesta região e neste percurso, pela abundância e diversidade de espécies. Ao longo deste itinerário é possível encontrar dezenas de espécies, algumas migratórias e nidificantes, como o rabirruivo-de-testa-branca (Phoenicurus phoenicurus), o papa-figos (Oriolus oriolus), a felosa-ibérica (Phylloscopus ibericus) e o rouxinol (Luscinia megarhynchos). Nos residentes, destaque para os vários pica-paus, como o pica-pau-grande-malhado (Dendrocopos major) ou o peto-real (Picus sharpei), a carriça (Troglodytes troglodytes), a trepadeira-azul (Sitta europaea) ou o gaio (Garrulus glandarius).

Nas extensas galerias ripícolas (e nos cursos de água onde estão instaladas), destaque para a ocorrência de aves como a escrevedeira-de-garganta-preta (Emberiza cirlus), a alvéola-cinzenta (Motacilla cinerea) e o guarda-rios (Alcedo atthis). Muitas outras aves estão presentes: espécies cinegéticas, como a perdiz-vermelha (Alectoris rufa) ou o pombo-torcaz (Columba palumbus); e ainda aves de rapina como a águia-de-asa-redonda (Buteo buteo) e o peneireiro-comum (Falco tinnunculus). Na primavera e no verão, não raras vezes é possível ver a águia-cobreira (Circaetus gallicus) em voos com a sua presa favorita no bico: cobras.

 

» LOCAIS DE DESCANSO E APOIO AO LONGO DO PERCURSO

No hay cafés u otros espacios comerciales a lo largo del recorrido, únicamente al inicio y al final, por lo que es recomendable planificar bien el recorrido, llevando suficiente comida y agua, teniendo en cuenta la distancia, las condiciones atmosféricas y el nivel de dificultad.

» MULTIBANCO

  • Monchique.

 

LINHAS DE AUTOCARRO

  • Monchique
    Linha 19 - Alferce – Monchique
    Linha 94 - Monchique – Portimão
    Linha 92 - Marmelete – Monchique
  • Alferce
    Linha 19 - Alferce - Monchique

Mais informação: Vamus Algarve

 

Contactos Úteis
  • Associação Almargem: (+351) 289 412 959
  • Associação Turismo do Algarve: (+351) 289 800 403
  • Associação Vicentina: (+351) 282 680 120
  • Bombeiros Voluntários de Monchique: (+351) 282 910 000
  • Câmara Municipal de Monchique: (+351) 282 910 200
  • Centro de Saúde de Monchique: (+351) 282 910 100
  • GNR de Monchique: (+351) 282 912 629
  • Junta de Freguesia de Monchique: (+351) 282 912 871
  • Junta de Freguesia de Alferce: (+351) 282 912 126
  • Posto de Turismo de Monchique: (+351) 282 911 189
  • Serviço Municipal de Proteção Civil: (+351) 282 910 210 / 80
  • Em caso de emergência ligue 112
  • Se detetar um incêndio ligue 117
Ficheiros para download
Guia da Via Algarviana - Ligação 10
Track GPX: Ligação 10 - Monchique a Alferce
Track KML: Ligação 10 - Monchique a Alferce