O percurso começa no centro da vila de Monchique, no Largo dos Chorões. Siga as indicações em direção à Galeria de Santo António. Suba as escadinhas da Travessa do Revez e siga pela Câmara Municipal em direção ao Peso, passando por Mata-Porcas.
Aqui entra na vegetação densa, avistando um moinho de vento antigo, já sem uso. Se olhar em direção a nordeste avista outro moinho de vento. Continue a descer até ao Barranco dos Pisões, atravessando a Ribeira de Seixe, onde poderá visitar o Moinho do Poucochinho e um plátano centenário, classificado como árvore monumental.
De volta em direção ao centro de Monchique, suba pela serra desfrutando do clima natural e muito fresco. Siga sempre a estrada de asfalto e desça até encontrar um grande povoamento de castanheiros.
Chegando ao sítio da Portela das Eiras, siga as indicações em direção ao Convento de Nossa Senhora do Desterro, onde pode parar e contemplar a maravilhosa vista para o centro da vila. Desça de regresso ao ponto inicial, onde encontra ainda alguns fontanários e um moinho de água sem utilização, na zona do Pomar Velho. Termine o percurso no centro da vila.
» PATRIMÓNIO HISTÓRICO
Moinho do Poucochinho (N37º20’00.28” W8º34’01.59”)
Localizado no Barranco dos Pisões, este moinho de água deve o seu nome ao antigo proprietário. O Moinho foi construído com a função de retirar a gordura e dar consistência aos tecidos produzidos pelas tecedeiras. Para isso, utilizava o pisão (engenho primitivo com um enorme martelo de madeira que a água levanta e faz cair sobre o tecido), que preparava a lã, tornando a ribeira turva, e daí o seu nome alternativo Ribeira da Tinta Negra. Aos indivíduos que trabalhavam neste ofício dava-se o nome de Pisões.
O Moinho do Poucochinho foi depois convertido para a moagem de cereais e recuperado pela Junta de Freguesia de Monchique, com mobiliário da época. Atualmente, é posto a laborar apenas com objetivos didáticos e de animação turística.
Aqui há também um Parque de Merendas: desfrute da frescura das copas verdes das árvores, do som da água da ribeira e duma fonte de água potável, aproveitando para uma pausa e para restabelecer energias.
Ruínas do Convento de Nossa Senhora do Desterro (N37º19’10.72” W8º33’35.29”)
Segundo a lenda, a criação deste convento franciscano deve-se ao cumprimento de uma promessa. Dois navegantes estavam em perigo no alto mar e prometeram que, caso se salvassem, construiriam uma igreja no primeiro lugar de terra que avistassem.
O que se sabe ao certo é que o Convento da Nossa Senhora do Desterro foi fundado em 1631 por Pero da Silva, “O Mole”, mais tarde vice-rei da Índia. São as armas do fundador que estão gravadas sobre o arco da entrada. O Convento e os frades que aí viveram por mais de dois séculos deixaram uma marca forte da sua vivência no imaginário da população de Monchique.
As ruínas do Convento erguem-se num lugar muito aprazível, rodeado de arvoredo, com um belo panorama sobre a vila e arredores. A imagem de Nossa Senhora do Desterro, orago do Convento, está atualmente na Ermida de São Sebastião, em Monchique.
Nota: Devido ao estado de degradação do edifício, não recomendamos a visitação ao interior das ruínas, por questões de segurança.
» PATRIMÓNIO NATURAL
Ribeira de Seixe
A Ribeira de Seixe nasce no concelho de Monchique e desagua no oceano Atlântico, perto de Odeceixe, no concelho de Aljezur. Numa parte significativa do seu percurso, marca a fronteira entre o Algarve e o Alentejo. O Barranco dos Pisões é um dos seus maiores afluentes.
Árvores Monumentais
Monchique tem um grande número de árvores monumentais, algumas classificadas, outras em processo de classificação. Neste percurso, vai poder apreciar três imponentes exemplares.
Quer conhecer mais algumas destas árvores? Então não perca a Rota das Árvores Monumentais, uma das 4 Rotas Temáticas da GR13 - Via Algarviana com três percursos disponíveis, todos com início no centro da vila.