Esta Ligação à Via Algarviana começa na estação de comboios de Loulé. Seguimos pela estrada à esquerda da estação, passando entre as casas em direção à estrada antiga de Loulé para Quarteira.
Depois de atravessar a estrada, o percurso segue por um trilho estreito, com vista para os tradicionais pomares de sequeiro rodeados pelos valados (muros de pedra calcária), uma imagem caraterística do barrocal algarvio. No Poço da Amoreira, o percurso vira à esquerda e depois à direita, entrando por um caminho estreito que nos leva até perto do heliporto de Loulé.
Entramos num caminho entre muros, onde facilmente nos damos conta da passagem da Ribeira do Cadoiço, e depois seguimos em frente passando pelas hortas sociais da cidade, ao lado direito. E assim entramos no perímetro urbano da cidade de Loulé.
Loulé justifica uma visita mais demorada – sugerimos, até, que pernoite na cidade, para poder apreciar o património histórico e cultural e, claro, recuperar energias com a gastronomia local. Se ainda não conhece o tradicional e afamado folhado de Loulé, não perca a oportunidade. O mercado municipal convida a uma visita. O edifício, em estilo revivalista de inspiração árabe, data de inícios do século XX.
Voltamos ao percurso: este atravessa o Parque Municipal de Loulé, uma bonita área de lazer cheia de sombras repousantes que nos faz esquecer que estamos dentro da cidade. Depois de sair do parque, seguimos em direção ao Pavilhão Municipal. Aí, um pequeno caminho à direita leva-nos para uma zona mais alta e para fora da cidade: olhe para trás e aprecie a vista para o centro de Loulé.
A partir daqui, o percurso atravessa pequenos trilhos de grande beleza. Já no estradão de terra batida, faça um desvio para visitar os Penedos do Frade. Estas formações geológicas características da paisagem calcária são um convite à imaginação e criatividade: o que lhe sugerem?
De regresso ao percurso, seguimos em direção ao marco geodésico da Altura, o ponto mais alto do percurso, a 360 m. A descida, depois, leva-nos em direção à ribeira das Mercês, para de seguida subir pela calçada medieval. No topo, temos duas opções: um desvio até Querença, para fazer uma pausa e recuperar energia; ou continuar o nosso caminho, virando à esquerda em direção à Paisagem Protegida Local da Fonte Benémola.
No parque de estacionamento da Fonte Benémola, a nossa Ligação interceta a PR16 LLE – Percurso Pedestre "Fonte Benémola". Depois do segundo parque de estacionamento, após a pequena ponte, viramos à esquerda e passamos a intercetar também a PR2 LLE – Percurso Pedestre "7 Fontes". A beleza e frescura da Fonte Benémola apelam a uma pausa. Aproveite para se sentar, feche os olhos e surpreenda-se com os sons deste local único.
No último parque de merendas, a nossa Ligação segue em frente. Continuamos a partilhar o caminho com a PR2 LLE – Percurso Pedestre "7 Fontes", mas separamo-nos da PR16 LLE – Percurso Pedestre "Fonte Benémola", que vira à esquerda na ribeira. Daqui, subimos em direção a Corcitos. Vamos passar por poços de roda e trilhos estreitos. Se gosta de orquídeas, este é um excelente local para encontrá-las, na primavera.
No cruzamento a Ligação vira à esquerda, divergindo da PR2 LLE – Percurso Pedestre "7 Fontes" (que vira à direita). Daqui, o percurso segue em direção à Ribeira do Rio Seco por entre pequenos trilhos. Pouco depois de cruzar a ribeira, encontra-se com o Setor 6 da GR13 - Via Algarviana. A partir deste ponto, pode seguir em direção a Salir (sentido recomendado), ou a Barranco do Velho (sentido inverso ao recomendado). Em ambos os locais tem serviços de apoio.
» PATRIMÓNIO HISTÓRICO, ARQUEOLÓGICO E RELIGIOSO
Loulé
Querença
» NATUREZA
Na flora, destaque para as plantas mediterrânicas, nomeadamente a Aroeira (Pistacia lentiscus), o Carrasco (Quercus coccifera), a Madressilva (Lonicera implexa), a Marioila (Phlomis purpurea), o Zimbro (Juniperus turbinata) e a Murta (Myrtus communis).
Os Penedos do Frade são um exemplo de geodiversidade. Devido à erosão provocada pela água das chuvas, as rochas carbonatadas deste local apresentam formatos diversos, como fendas, cavidades e depressões. Há quem diga que estas rochas representam figuras míticas da Atlântida: o seu aspecto curioso leva a que alguns vejam este local como misterioso, ou mesmo de culto.
A Paisagem Protegida Local da Fonte Benémola é um dos sítios mais icónicos do concelho de Loulé. Em pleno barrocal algarvio, é atravessada pela Ribeira da Menalva, que tem água durante todo o ano. Por isso, a sua fauna e flora são ricas e diversificadas. Registam-se mais de 100 espécies de aves a nidificarem nas encostas do vale e nas margens da ribeira, e mais de 300 espécies diferentes de plantas.
» LOCAIS DE DESCANSO E APOIO AO LONGO DO PERCURSO
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